Notícias - Chineses vão construir e operar o Porto Sul e a Fiol

Investimento na América Latina (Clai-Fund) e pela China Railway Engineering Group n.10 (Crec). O investimento será feito em associação com o governo do estado e com a Bahia Mineração (Bamin).

Os acordos foram acertados durante visita do governador Rui Costa a China. Esta etapa marca o início de um período de negociação que vai determinar os detalhes da operação. Junto com Rui, durante assinatura do compromisso, que ocorreu em Pequim, estavam o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, e os representantes das empresas asiáticas.

Segundo Rui, em nota enviada à imprensa, “os chineses possuem a tecnologia mais avançada e experiência de sobra para fazer essas obras avançarem na velocidade que a Bahia precisa”.

Além disso, afirma o governador, os “projetos entusiasmaram os dirigentes da Crec (uma das maiores construtoras de ferrovias do mundo) e Clai-Fund (organização que se concentra em investimentos industriais de empresas em cooperação entre a China e a América Latina), e isso permitiu estabelecermos aqui um acordo histórico, que vai viabilizar os investimentos e destravar de uma vez por todas essas obras importantes para a Bahia”.

Ponta da Tulha

Um dos investimentos, o Complexo Porto Sul, será construído na cidade de Ilhéus, na Ponta da Tulha. As licenças prévia e de implantação, além da autorização para supressão de vegetação, já foram emitidas pelo Ibama, segundo o governo do estado.

A estimativa é de um investimento de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões para as obras e R$ 400 milhões em equipamentos.

Além do Porto Sul, quatro trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, entre Ilhéus e Caetité, estão em fase final de construção e fazem parte do acordo. Para viabilizar o investimento chinês na ferrovia, de acordo com o governo, a União iniciou os estudos para que seja feita a venda antecipada da capacidade operacional da ferrovia.

O coordenador de acompanhamento de políticas de infraestrutura da Casa Civil do Estado, Eracy Lafuente, afirma que, “apesar do baixo preço das commodities no mercado internacional, conseguimos atrair grandes investidores para nossos projetos e para a exploração do minério de ferro naquela região. Além da mina da Bamin, em Caetité, temos acordos encaminhados com as mineradoras Santa Fé, em Brumado, e a Hombridge, em Minas Gerais”.